Consumo, desigualdade e novas tecnologias: Reflexões sobre discriminação algorítmica

Autores

Marcela do Amaral Barreto de Jesus Amado
Universidade Federal Fluminense
https://orcid.org/0000-0001-8112-7473
Renata do Amaral Barreto de Jesus de Oliveira
Universidade Federal Fluminense
https://orcid.org/0009-0001-6564-3547

Sinopse

As relações de consumo são pelo desequilíbrio de forças entre consumidor e empresário. Suscetibilidade agravada no contexto do comércio eletrônico, marcado pelo crescente uso da inteligência artificial, o que permite a segmentação de grupos, a partir dos dados coletados, com o fito de induzir e direcionar a aquisição de serviços e produtos, mas também de possibilitar a definição dos valores envolvidos nas transações ou a indisponibilidade de bens e serviços a partir da localização do consumidor, identificada a partir do seu IP. Prática classificada como geodiscriminação (geo princing ou geo blocking). O presente trabalho cuidará da análise das “novas” vulnerabilidades do consumidor, a partir do uso de inteligência artificial para tomada de decisões. Para tanto,  será realizada  pesquisa jurídico-social, fundada em conceitos teóricos, com adoção do método dedutivo, a partir de viés jurídico-compreensivo (interpretativo), de modo qualitativo na qual se almeja discorrer a respeito dos direitos do consumidor diante das possibilidades do desenvolvimento tecnológico que levam à prática  de geodiscriminação e classificação dos indivíduos conferindo-lhes determinada pontuação. Para que erros possam ser identificados e, assim, mitigados.  Sem descuidar da observância do disposto no artigo 170, da Constituição da República que consagra a valorização do trabalho e da livre iniciativa. A conclusão caminha, assim, para a necessidade de regulamentar o uso da inteligência artificial. Celeuma que perpassa o Direito do Consumidor ao envolver a tensão entre direitos fundamentais constitucionalmente consagrados e a possibilidade de inibição do desenvolvimento tecnológico

Biografia do Autor

Marcela do Amaral Barreto de Jesus Amado, Universidade Federal Fluminense

Promotora de Justiça, titular da Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Maricá. Graduada em Ciências Jurídicas e Sociais – UFRJ. Mestre em Justiça Administrativa – UFF. Doutoranda em Direitos, Instituições e Negócios – UFF| Email: marcela-amaral@id.uff.br

Renata do Amaral Barreto de Jesus de Oliveira, Universidade Federal Fluminense

Delegada de Polícia – PCERJ. Diretora do Departamento-Geral de Contratações e Convênios – SEPC. Graduada em Ciências Jurídicas e Sociais – UFRJ. Mestre em Justiça Administrativa  pela Universidade – UFF. Doutoranda em Direitos, Instituições e Negócios – PPGDIN/UFF| Email: renatab@id.uff.br

Publicado

November 27, 2024

Categorias

Como Citar

Consumo, desigualdade e novas tecnologias: Reflexões sobre discriminação algorítmica. (2024). In Proteção do Consumidor e Novas Tecnologias. Editora Cerceau. https://doi.org/10.17655/9788567211893.4