HÁ ESPAÇO PARA A ÉTICA NO MUNDO DOS NEGÓCIOS?
Sinopse
A presente pesquisa tem como objetivo abordar a esfera dos negócios e propor reflexões acerca de um agir econômico incapaz de enxergar as consequências dos riscos que produz para o futuro. A expansão do modelo shareholder pelo ocidente não representou apenas a vitória de uma forma de capitalismo com foco único nos lucros e desconectado da economia real. Na verdade, ela significou o ocaso da ideia de bem comum. De modo diverso da abordagem stakeholder, em que tanto os governos quanto as empresas atuariam com a finalidade de alcançar um objetivo superior aos lucros, o modelo shareholder opera com a meta exclusiva de maximizar os lucros e satisfazer os interesses primários de determinados agentes econômicos diretamente envolvidos com a atividade. Essa ideia, contudo, tem se provado frágil, notadamente em razão do crescimento exponencial das empresas e dos efeitos nocivos e de alcance global de suas práticas, deixando em evidência a necessidade de remodelação dos mercados financeiros e de capitais, com um olhar direcionado à sustentabilidade planetária. Quanto à metodologia, a abordagem empregada é de natureza teórica, qualitativa, bibliográfica e interdisciplinar, consistindo na análise de conceitos presentes em livros e artigos científicos que dialogam com o tema, viabilizando, assim, uma visão aprofundada sobre a cultura corporativa e os desafios éticos em um contexto de capitalismo flexível